15 December 2008

Progressos

Quase 1 semana sem Internet. Garanto-vos, tentei muitas vezes lembrar-me de como se vivia antes disto e chego a uma só conclusão: que vida tão triste e limitada levávamos...

Uma semana, um número


07 December 2008

Hobbies

Passatempo giro: olhem bem lá para cima, para o topo da janela deste fantástico Blog, e atentem na barra do Blogger: cliquem em "Blogue Seguinte". E vão por aí fora, a cuscar os Blogues Seguintes que se vão sucedendo. E acreditem que vão encontrar coisas fascinantes. Ou isso, ou em Tete não há mesmo nada de jeito para fazer.

Pensamentos de Domingo

Globalização para mim é isto: há uns meses atrás parei para pensar um pouco e pôr um pionés (vou jurar que é a primeira vez que escrevo a palavra 'pionés') em cada ponto do Mapa Mundi onde estava um dos meus amigos de Secundário. Então o ponto de situação era mais ou menos este:
- eu em Moçambique;
- o R. na China a ver as Olimpíadas;
- o P. na Austrália a olhar para o Papa;
- o B. na Alemanha, a uns dias de embarcar para Los Angeles;
- o D. no Brasil a despedir-se de mim no MSN porque ia apanhar um avião para o Uruguai;
- o B. e o C. no Porto;
- o C. em Aveiro;
- os outros, ainda e na altura, por Lisboa.
E pensar então que, há menos de 10 anos, estávamos todos na Fernando Namora em renhidos jogos de futebol, e sobretudo a aprendermos a viver uns com os outros em conversas várias.
E tenho muitas saudades disso. Graças a vocês.

Pensamentos de Domingo

Adoro a época em que vivemos. Não tenho dúvidas de que a Liberdade e a Democracia - que existem hoje generalizadas por grande parte do Mundo - são os valores maiores duma Sociedade. Mas tenho pena que já tenha passado o tempo em que não havia pressa. A vida era mais curta, mas tinha fases mais espaçadas. Sobretudo não havia esta pressão de hoje de iniciar a vida activa. E terminar os estudos aos 27 ou 28 anos não era um drama, como às vezes parece que agora é. Nem mesmo aos 30. E as pessoas amadureciam muito mais cedo do que hoje. E havia um conceito de cultura e conhecimento tão mais correcto e romântico que tornava comum que em tempo de final de curso, ou já como recém-licenciados, os novos doutores, arquitectos e engenheiros viajassem por esse Mundo fora, sem grandes destinos, somente para aprender. Iam de combóio ou de barco, levavam meses, e assimilavam então um tipo de conhecimento que só o beber de novas culturas permite.
Convém também é sublinhar que, nesse tempo, viajar ainda era de facto um acto cultural. Agora quando ouço falar disso só me dá vontade de rir: estou certo que em mais de 95% dos casos, a malta hoje viaja por diversão pura e cega, e com uma repugnante e elevada dose de vaidade à mistura.
Mostra-me o teu passaporte, dir-te-ei quem és.

30 November 2008

USA for Africa - We are the World

Duas coisas:
1. O Homem, quando se despe de vaidades, preconceitos e sentimentos sujos e feios, e fica só com o que de mais bonito tem, consegue fazer coisas fantásticas. Belas e emocionantes. Como esta.
2. A década de 60 é lendária em matéria de música, e é uma discussão infrutífera tentar contrariar isso. Mas digam o que disserem, os anos 80 foram (também) irrepetíveis. No tempo em que o Michael Jackson ainda fazia coisas assim.
Enviaram-me este video hoje e fiquei vidrado. Arrepiado.

Conceitos

Alguém sabe o que quer dizer "Conjectura"? Ah pronto, era só para confirmar.

25 November 2008

Mudanças

Nesta vida de cigano que escolhi, mudei hoje mais uma vez de escritório. Umas contas rápidas enquanto atravessava a ponte cá do sítio, que restringe a velocidade a 30km/h para ligeiros e 10km/h para pesados (sim, 10km/h!), concluí que é o sétimo deste ano, o qual ainda para mais vou repartir com um oitavo a estrear dentro de dias. E nestes não entram salas várias em que trabalhei um ou outro dia por motivos diversos. Falo mesmo de escritório, com cadeira moldada pelos meus glúteos, secretária desarrumada e cestinho de 3 gavetas ao canto como é regra cá da casa. As gavetas entenda-se, não a desarrumação. Essa já é exclusiva (ou inclusiva) minha.
Ia então eu a pensar nisto e em todas as paredes para onde já olhei à procura daquelas respostas mais díficeis de achar, quando me invadiu a seguinte questão: até que ponto estas frequentes jornadas de caixotes às costas não me causam uma instabilidade inconsciente? É que eu sempre apoiei a teoria de que somos muito daquilo que nos rodeia. E começo a ter medo que os meus estimados neurónios fiquem como que baralhados com tudo isto.

15 November 2008

Vaidade assumida

Este Blog associa-se a isto:


Lançamento a 27/Nov, na Fnac do Colombo.

14 November 2008

"Podes fugir mas não te podes esconder"

Diálogo a 7000kms de casa:
- Em Portugal conduz-se à direita?
- Sim.
- E o volante é deste lado, não é?
- Sim.
- Pois, dá para perceber.
- Perceber o quê?
- É que em estrada tu seguras o volante com a mão esquerda.

Uma semana, um número

12 November 2008

Esta saiu-me bem :)

"As mulheres deviam ser proibidas de pensar muito."

09 November 2008

Nova experiência...

... esta de tocar num Pinheiro de Natal debaixo de 40ºC. Há nisto algo de muito esquisito. Decididamente este ano não me cheira nada nada a Natal.

06 November 2008

Esta jovem contava-me uma história...

Scarlett Johansson

Yes We Did

No início do ano escrevi isto.
Agora que Obama teve a eleição histórica que teve, fica a ansiedade e a curiosidade dum Mundo inteiro para o que o homem vai fazer.
Curiosamente nunca me tinha lembrado tanto do assassinato do Kennedy como agora. E depois de ver as imagens do discurso de vitória com a parede anti-bala à frente já percebi que afinal não estava a ser assim tão absurdo ao pensar nisto.

03 November 2008

Pequenos como sempre


Quando, há umas semanas atrás, comecei a ler notícias que apontavam para o encurtamento da noite no Bairro Alto para as 2h face às habituais 4h, pensei esperançoso que se tratasse duma má interpretação dos jornalistas, ou duma precipitação qualquer dum cromo da Câmara Municipal de Lisboa. Completamente estupefacto e incrédulo hoje li isto.
Que há insegurança no Bairro Alto, todos nós que o frequentamos sabemos. A zona boéma do Bairro terá uma dúzia de cruzamentos – se tantos – e relativamente pouco distanciados uns dos outros. Quando a solução mais óbvia, e claramente mais inteligente para este problema, seria reforçar policialmente a zona – ainda que com o apoio financeiro dos comerciantes locais – decidem estes génios da Gestão Autárquica amputar algo que é único no Mundo, gozado e elogiado por qualquer turista, uma das atracções mais marcantes de Lisboa – até porque em termos nocturnos é a única que de original temos para oferecer. A ajudar a isto estarão certamente, e convenientemente camufladas pela insegurança, as queixas de alguns dos moradores que vivem nos edifícios degradados da zona, e a quem a CML se poderia bem preocupar em alocar, por exemplo, num dos famosos apartamentos que anda a distribuir pelos seus quadros, em vez de prejudicar toda uma cidade em prol do conforto muito questionável de umas dezenas de habitantes.
Esta ideia infeliz fez-me lembrar quando, há uns anos atrás, a mesma CML – ainda que com outros actores - proibiu que o Arraial do Instituto Superior Técnico – provavelmente a Festa Académica com maior peso e tradição da capital – se realizasse na Alameda no interior do IST como sempre, e arrumou-a num qualquer canto da cidade que nem nunca me dei ao trabalho de procurar. Era como tirar o desfile das marchas populares da Avenida da Liberdade para o Estádio Universitário, ou a Feira do Livro para o Parque das Nações. É absurdo. Os acontecimentos periódicos ficam associados sempre ao espaço onde se realizam, e que quase invariavelmente lhes conferem um misticismo único. Na altura, a justificação para a migração do Arraial foram as constantes reclamações dos habitantes da zona porque, pobres coitados, durante três fins de semana por ano tinham por companhia música em alto volume até às primeiras horas da madrugada. Que direi eu e todos os estudantes – passados, presentes e futuros - do País, que em plena época de exames sempre tivémos de suportar os acordes estridentes e desafinados das várias festas paroquiais? Tem graça que contra isto nunca ouvi ninguém protestar, nem tão pouco qualquer movimento estudantil insurgir-se. Curioso este Estado laico em que vivemos.
Voltando ao Bairro Alto, temos de ter a noção que todo o quotidiano do país se traduz em retadar os horários nocturnos. Em Lisboa o expediente acaba tarde, portanto os jantares começam e acabam tarde, e consequentemente o lazer que lhes segue também. Com o tempo que se perde na deslocação e estacionamento (já que os transportes públicos nocturnos continuam a ser uma miragem), deixa de valer a pena o esforço de ir até lá. Com este horário o Bairro Alto morre. E lá vamos nós, impávidos e derrotados como é costume, continuar a elogiar a movida madrilena, o Red District de Amesterdão, ou a alegria dos pubs britânicos. A Lisboa resta pouco mais que o ambiente insonso dos bares do Parque das Nações, a decadência acentuada de Santos e as subdimensionadas Docas. Irónico tudo isto numa altura em que se fala de motivação ao investimento como nunca.
PS - Parece que o Arraial já foi devolvido ao Técnico. Há esperança...)

31 October 2008

Uma semana, um número



Confesso: estou apaixonado...

... por isto!

Esqueçam todos os butter cookies que já provaram. A sério, esqueçam. Não sei onde encontrar isto em Lisboa, mas aconselho vivamente a que procurem desde já! (Ah! Já agora depois digam-me..)

30 October 2008

Apetecia-me treinar amanhã

Nestes últimos Jogos Olímpicos, aqueles em que no melhor espírito português deixámos, de um dia para o outro, de passar pela maior vergonha dos últimos tempos, incluindo um Presidente do Comité Olímpico que num número de circo resolve demitir-se a meio para depois se arrepender porque afinal parece que até tivémos a melhor participação de sempre - aprendi uma coisa que adoro: eu sou muito olímpico. Do mais classificado que há. Mas só de manhã. É que de manhã eu também estou bem é na caminha.

25 October 2008

Welcome

Pois ao que parece abriu finalmente o primeiro Starbucks em Lisboa (e em Portugal). Acho fantástico tirando dois pequenos senãos:
1 - esperaram que eu não estivesse lá para aparecerem.
2 - Alegro?? Oh meus amigos, tanto local fascinante em Lisboa para receber uma cadeia desta envergadura, e vocês vão-me para um Centro Comercial, e ainda por cima para o Alegro?? Mas não havia ninguém por perto para dar uma paulada nos queixos do idiota responsável por esta atrocidade? Ou sou eu que erradamente ainda me quero convencer que essa cidade única não é habitada por uma população tão comodista que já só pára e consome sob o ar condicionado (e tantas vezes condicionante) das grandes superfícies?
Desiludo-me às vezes.

08 October 2008

Mais um a não perder


Lisa Ekdahl vai a Portugal em Novembro. Mais um que esperei, mais um que vou perder. Lisboa, Porto e Alcobaça a 14,15 e 16 de Novembro, respectivamente.
Grande vantagem de se ir ver o concerto desta jovem sueca: podemos beber o que quisermos antes (é até aconselhável enfrentar a coisa em estado ligeiramente alienado) já que não vamos mesmo entender rigorosamente nada das letras das canções. E assim nos deixamos embalar...

É impressão minha...

... ou Portugal está em crise desde que eu nasci?

Relíquia


Adoro os calções das Turtles. Lindões mesmo.
Obrigado à priminha que teve o gesto delicioso de digitalizar a foto para me enviar. Assim te mantens aqui, especial como sempre.

E o sonho tornou-se realidade

05 October 2008

Coisas que não se explicam

Há certas palavras que me irritam profundamente. Fazem-me confusão, mexem comigo, vá-se lá saber porquê. Nada tem a ver com o que significam. Só mesmo com o vocábulo em si. Chega a dar comichão, ou no mínimo um esgar de desconforto indisfarçável.
Posso começar por "farnel". É horrível! Brejeira a forma como nos faz enrolar a língua para a dizer. A própria palavra parece que cheira já a pernas de frango panadas, com folhinha de prata à volta da base para não sujar o dedo. A eliminar dos dicionários rapidamente!
Outro grande grande problema são os diminutivos. Eu sou A-L-É-R-G-I-C-O a diminutivos. Faz aliás quase 5 anos que escrevi um texto, que já agora vos deixo em link.... aqui! É que já na altura filosofava sobre isto. Por exemplo, deixem por favor de achar que tudo o que se refere aos bebés deve levar um INHO à frente. O bebé também tem direito a usar roupa (não só roupinha), a comer sopa (não sopinha), com a colher (não colherinha) e depois - esta então eu acho linda! - a largar o seu pum (e não punzinho!). AAAAAAHHHHHHH já estou com cãibras só de estar a escrever estas coisas!
Por último, que me ocorra falar agora, devo agradecer a toda a gente que não me fale em "mimos". Causa-me urticária esta palavra! Substituam-na por aquilo que quiserem: falem em carícias, em afectos, mas "mimos", decididamente, não! Escusado será dizer que "miminhos" então leva-me logo para a caixa dos Prozac.

29 September 2008

Recuerdos

Que fazia ontem a jovem que canta ao Fim de Semana no Celtas & Iberos das Docas, a cantar o Material Girl da Madonna no novo programa da Furtado? 1000 recordações me assaltaram. Já fui muito feliz ao som dessa menina. Muitas noites memoráveis com o belo do Half-Pint à frente. Umas vezes rodeado de gargalhadas. Outras com conversas em surdina. Porque nem as companhias se avaliam ao peso, nem o prazer que os locais nos dão ao preço.

28 September 2008

Talento

Há uma peça na Cornucópia com a Beatriz Batarda e eu.. aqui. Aqui, do outro lado do Mundo. Meus amigos, eu nem preciso de saber do que trata a peça (e sinceramente não sei mesmo): ter a nossa melhor actriz das últimas gerações em palco, é motivo mais que suficiente para comprar o bilhete, deixar o telemóvel em casa, e por uma noite entregar-nos ao talento por si só.

Beatriz Batarda, que muitos decerto só conhecem de nome sem imagem, merece a Cornucópia cheia durante meses. Infelizmente, porque estamos a falar dum monólogo, ela é que não se há-de aguentar em cena durante tanto tempo assim, até porque o Cinema - sua arte de formação - a chamará. Portanto as hipóteses de eu ir em Dezembro a tempo de vê-la é nula. Vocês, por favor, vinguem-me.

Vício saudável

O clubismo, como qualquer paixão, aparece-me como absolutamente inexplicável. Isto de estar a 8.000km de distância, e vir encontrar dezenas de pessoas que, sem que algum dia tenham sequer pisado o solo português, sofrem afinal pelo Benfica como eu, é arrepiante. Ontem descobri mais um meio de ligação a todo este grupo caloroso que me tem recebido em Moçambique. "Quero ver se para o ano vou conhecer Portugal e consigo ir ver um derby no Estádio da Luz. Deve ser espectacular." Vai sim. Vai porque vale a pena, vai porque enche a alma, vai porque vais transpirar tanto ou mais que nestes 40ºC de Tete. E se eu lá estiver, acredita que é comigo que vais para repetir-mos os 2 abraços da noite de ontem.

25 September 2008

Momento "Diga lá Excelência"

No meio desta crise económica de que todos falam mas quase ninguém percebe nada do que se está a passar, ouço o nosso estimado Presidente da Associação Portuguesa de Bancos dizer basicamente que se os portugueses se estão a ir abaixo, é por culpa própria porque ninguém os manda, entre outros exemplos dados pelo jarreta, trocar de carro antes de ficarem com o volante nas mãos. Parece-me o Dr. João Salgueiro a pessoa moralmente mais bem colocada para criticar tal facto, já que calculo que ele nem saiba há já muitos anos o que raio é isso de andar em carro próprio, pago pelo seu salário, se é que sabe ainda conduzir. Acho graça que na sua fantástica imparcialidade, e vestido do papel de moderador da Banca que lhe deveria também assistir, não se tenha lembrado nesta hora preocupante, de criticar os Bancos pelos milhões de Euros de publicidades fantásticas e processos de crédito facilitistas. De criticar os 80km/h a que passam aquelas minúsculas letrinhas no rodapé dos anúncios de TV, e em forma de frases recheadas de siglas que 90% dos clientes desses bancos não fazem ideia do que são. Ou esquecer-se-á o Dr. João Salgueiro que não é aos seus parceiros de Bridge que esta crise - como todas as outras - mais afectará?

20 September 2008

Se eu fosse...



... uma tira de Comics, era esta! Finalmente sinto-me compreendido.


Dúvida pertinente

(Ressaca escrever-se-á com dois SS ou com C de cedilha? Humm....)

14 September 2008

The Story (e há tantas)

http://www.youtube.com/watch?v=Y72jRaoRvHs

PS1 - a função "embed" não é permitida para este vídeo no Youtube, portanto têm mesmo de ir ao link para o ver. Mas acreditem que vale a pena.

PS2 - obrigado à jovem simpática que me alertou para essa gralha técnica. :)

12 September 2008

Planificação

Eis o que diz a minha agenda para este fim de semana:
Sábado - Regresso de férias (talvez Cuba, talvez Londres / Paris, talvez Itália.. hipóteses não faltavam.)

Domingo - Concerto da Madonna (Lisboa, Parque da Bela Vista)

Realidade:
Sábado - meio dia a trabalhar, um jogo de futebol ao final da tarde (se alguém pagar a luz do campo desta vez!) e eventual saída nocturna.
Domingo - anhanço total. E eventual reunião com um Fiscal.
Local de ambos: Tete.

Ainda bem que a empresa me deu uma Agenda..

Descoberta

Ana Free. É provável que toda a gente em Portugal saiba quem ela é. Eu só a descobri hoje graças a um Podcast de um programa de rádio.
Jovem portuguesa. Três anos a estudar Economia em Inglaterra. Terminou o curso com um First Degree, e como se isso não bastasse... ainda canta assim.
Rodeie-se bem e tem tudo para vir a ser uma popstar internacional. Se eu estivesse em Lisboa, o concerto dela desta noite na Music Box não me tinha escapado de certeza.

08 September 2008

Evasão

Sabem aqueles dias em que simplesmente não estamos bem? Sem razão aparente, estamos chateados, rabugentos, fartos de tudo e todos e queremos é 5-10 min. de paz? Experimentem ligar a uma daquelas pessoas que sabem que não vos vai levantar problemas. Incrível o escape que 3min. de conversa com uma voz amigável podem representar. Obrigado por partilhares comigo a tua rouquidão Gringa.

Aplauso


(Segue um post com quase 7 meses de atraso).
.
Este foi o símbolo do Google no último dia de S. Valentim. Tiro o chapéu a (mais) esta ideia genial dos criativos da Google. A imagem fala por si. É a fotografia do que eu penso do Amor. Sem mais nada, às cegas que seja, a paixão pura pelo outro. Pelo que é, pelo que pensa e sente. Pela forma como age e como está. Pelo que diz e pelo que cala. Tanto tanto resumido em meia dúzia de pixels. Genial.

06 September 2008

6 de Setembro

Há dias de calendário que nos são marcantes, ano após ano, normalmente porque associados ao aniversário de um qualquer acontecimento.
O 6 de Setembro, apesar de ser a data de aniversário de um daqueles Amigos, assim mesmo a letra cheia (grande abraço P.), será sempre um dia negro para mim. Desculpem os que me rodeiam (que este ano são muito poucos), mas hoje a linha do meu sorriso vai estar bem mais horizontal.

04 September 2008

"Não vou por aí"

Tenho um sobrinho muito à frente. Anda por estes dias a adaptar-se à creche. Pelas notícias que me chegam de Lisboa, o jovem não está muito convencido. A mim cheira-me que ele já percebeu perfeitamente que estão a querer iniciá-lo na vida dos horários e responsabilidades. E aí, pudera, o rapaz bate-se com todas as forças. Os Xutos chamam-lhe "vida atinada, dos horários e das bichas, e das gripes do Inverno, e do suor do Verão".

Ao puto pelos vistos apetece mesmo é dizer "Olá oh Vida Malvadaaaaaaa". :)

RAP

Verdadeiro serviço público, venho eu hoje fazer aqui. Então só agora é que me avisam que há um site onde podemos ler as crónicas do RAP na Visão? Vá, é só clicar aaa... não, esperem, aaaa.., calma, aaaaaaAQUI!

Uff..

28 August 2008

Pedido

Lembra de mim!
Dos beijos que escrevi
Nos muros a giz
Os mais bonitos
Continuam por lá
Documentando
Que alguém foi feliz...

Lembra de mim!
Nós dois nas ruas
Provocando os casais
Amando mais
Do que o amor é capaz
Perto daqui
Há tempos atrás...

Lembra de mim!
A gente sempre
Se casava ao luar
Depois jogava
Os nossos corpos no mar
Tão naufragados
E exaustos de amar...

Lembra de mim!
Se existe um pouco
De prazer em sofrer
Querer te ver
Talvez eu fosse capaz
Perto daqui
Ou tarde demais...

Lembra de mim!...

Lembra de mim!
A gente sempre
Se casava ao luar
Depois jogava
Os nossos corpos no mar
Tão naufragados
E exaustos de amar...

Lembra de mim!
Se existe um pouco
De prazer em sofrer
Querer te ver
Talvez eu fosse capaz
Perto daqui
Ou tarde demais...

Lembra de mim!...

24 August 2008

Perspectivas

Bela sugestão encontrei aqui para ver com outros olhos estes Jogos Olímpicos. Pena que já acabaram, e que só hoje li este texto. Daqui a 4 anos tenho de me informar sobre estes assuntos mais atempadamente.

21 August 2008

Carta aberta à minha Mãe

Não me recordo de alguma vez ter passado esta data sem ti. Talvez esteja enganado, pois tenho uma ideia muito vaga de, há uns anos atrás, estar no Algarve e ter então faltado a este ou qualquer outro compromisso do género. Mas a idade e a ideia do “até já” ajudaram muito na altura a esquecer a distância.

Não creio que hajam palavras – em número ou qualidade – de nível suficiente para expressar o que és e representas, em todos nós que te amamos e temos a honra de assistir, de plateia, à pureza, sinceridade, transparência e alegria com que vais passo a passo colorindo as páginas dos teus e dos nossos dias. Mesmo esse dicionário tão rico que é o nosso, não bastará nunca para traduzir a linguagem do coração de quem gosta e ama. O Pai talvez conseguisse, nas poesias dele. Mas eu não. Nem me atrevo sequer a tentar...

Tenho a sorte de me orgulhar de todas as mulheres que, de uma maneira ou de outra, marcaram a minha vida. Todas elas. Mas a começar em ti, e a acabar sempre sempre em ti.

És exemplar Mãe. Na forma como ris, como falas, como choras, como vives. És inacreditável sobretudo na forma como sofres. A prova cabal que sempre tive da força das mulheres. Percorres o teu caminho, teimando sempre olhar para o lado do arco-íris. Esse mesmo caminho em que já tantas pedras te tentaram derrubar, mas que conseguiste sempre, em silêncio, suportar e ultrapassar.

És alma e vida na nossa casa. Corrijo: és a alma e a vida da nossa casa. Já o eras quando éramos quatro. Continuas a sê-lo agora que somos 6. E por mais que a casa encha, há nela - porque em ti - sempre espaço para mais um. Ou dois, ou vinte, não importa. A nossa fortuna – daquelas verdadeiras, que não se escrevem nem contam – basta e sobra para todos.

Acho que hoje é o primeiro dia, desde que comecei este périplo africano, que sinto dor de saudade. Mas tudo faz parte deste sacrifício que decerto me trará muitas coisas boas, e logo também para ti eu sei. É boa a distância e a escassez para valorizarmos o que temos, e sobretudo quem temos, ao nosso lado.

Mãe há só uma e não a escolhemos, não é? Pois confesso-te, assim em segredo para corares mas não criarmos invejas, que para mim isso ser-me-ia absolutamente indiferente. Critiquem-me os intelectuais pelo cliché, mas tu és mesmo a melhor mãe do Mundo.

Um beijo tão grande quanto longínquo, um abraço tão apertado quanto o meu peito no dia de hoje.

Parabéns Mãe.

10 August 2008

"A" viagem

Domingo, 27 de Julho de 2008. Às 5h00 os motores roncaram. Começava ali, em pleno centro de Maputo, uma das mais fantásticas e enriquecedoras experiências da minha vida. 1600kms separavam a caravana de 7 carros do seu destino final.

Segunda-feira, 28 de Julho de 2008. São 19h00 e o travão de mão é puxado pela derradeira vez. Cidade de Tete, zona interior-centro de Moçambique. Hoje percebi porque razão nesta África subsaariana a proporção jipes-carros ligeiros é inversamente proporcional à nossa.
Para trás ficaram cerca de 24 horas líquidas de estrada. Dois pneus furados. 1 tubo de escape sumbetido a uma cirurgia para se aguentar. Uma carrinha sobreaquecida. Dois troços de cerca de 100kms cada, de estrada que só pelo contexto pode ser assim chamada. A coluna ordenada que rasgava imparável metade do país transofrmava-se nessas alturas em algo serpenteante, numa reles tentativa de cada um fintar o maior número possível das verdadeiras crateras que ali encontramos.

Para além disto fica a mudança da Flora, que a Sul era verde e refrescante, e à medida que do Norte nos aproximámos se foi acastanhando aos poucos. Fica a linha do Trópico de Capricórnio que motivou uma das poucas paragens. Ficam as dezenas de aldeias por que passámos em que todas as casas são de palhota com cobertura em colmo. Pessoas que vivem hoje como os nossos antepassados terão vivido há 300 anos atrás. Ficam na retina também as milhares de pessoas que cruzámos sempre a caminhar para destino não visível, de origem igualmente incógnita. Gente que dá a sensação que caminha porque o tempo tem de ser passado. Caminham como se quisessem convencer a si próprias de que no fim da estrada algo as espera.

E ficaram as crianças. Aquelas que nos acenavam de sorriso no rosto. Aquelas que atiravam terra para a estrada a provar que eram elas quem tapava alguns dos milhares de buracos da estrada, reclamando a justa moeda.

De entre todas as moedas e comida que deixei cair da minha mão para estas crianças de berma de estrada, ficou-me um olhar na memória. O miúdo que a 50kms de de Tete se aproximou de mim quando sentiu o carro abrandar, e pegou de olhos esbugalhados o pacote de bolachas que lhe estendi. Estou a falar de uma criança que não teria mais de 5 anos. Centenas assim. Centenas de crianças que me pergunto se não serão em grande maioria alimentados por forasteiros da Estrada Nacional como nós.

Resposta para aqueles que me perguntam porque raio não dou eu 1 só cêntimo para qualquer instiuição de caridade: porque aquele miúdo é o único que eu tenho a certeza absoluta de que ganhou com a minha doação. Lamento se estou errado, mas enquanto anos não passarem sem ouvir qualquer rumor de fraudes relacionadas com essas doações, continuarei sempre a pensar que, de outra maneira, aquelas bolachas iam ser comidas por uma criança obesa, enquando se esforçava para passar de nível no último grito da PlayStation.

23 July 2008

Parabéns cunhadinha! :)

Há 1 ano atrás escrevi isto.

Hoje, talvez porque com o peito apertado pela dor relembrada da distância, apetecia-me escrever muito mais. Não o faço para condizer com os óculos escuros que usaste quando te despediste de mim.

Daqui, do outro lado do Mundo, o beijo de Parabéns de sempre mana*

05 July 2008

Goodbye My Lover

Foi ali, em pleno intimismo do novo Campo Pequeno, que enquanto te segurava a mão e te sentia acompanhar em surdina - como que a medo - os versos do James Blunt, tomei consciência da realidade. Dentro de pouco mais de uma semana estarei a viver do outro lado do Mundo. Sem os de sempre, sem ela, sem ele, e sem ti. Sem ti que me apareces sempre tão vestida de beleza e magia ímpar.
Foi ali, no calor do teu beijo, que os meus olhos humedeceram. Foi ali, naquele instante, no teu idioma, que começou a minha despedida. Obrigado A.

"I've kissed your lips and held your head.
Shared your dreams and shared your bed.
I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you.
Goodbye my lover
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me."

27 June 2008

Corte

Cortarmos com pessoas que gostam de nós tanto como nós delas, é o exemplo mais claro da estupidez do Homem.

Hoje deito-me convencido de várias coisas:
1 - de que tomei hoje a atitude mais certa que podia tomar;
2 - de que magoei alguém;
3 - de que me magoei a mim 1000 vezes mais;
4 - de que nunca niguém vai compreender nem sequer saber isso;
5 - de que estou agora muito mais vazio e pobre do que há 30min atrás;
6 - de que me vou arrepender disto várias vezes ao longo dos anos;
7 - de que acabo de te fazer um enorme favor.

Estou triste. Mas foi por ti. Adeus.

13 June 2008

Beijo

Deito um beijo ao mar que nos abraça. Que a mais bela e revoltosa das vagas to entregue com a doçura com que o envio. Assim leve e sentido. Com os olhos fechados pelo Sol que fere e a mão pousada na tua.

Daqui. Teu.

21 May 2008

Descoberta


"Noites Mágicas" a partir das 21h00. Ao bom estilo do "Oceano Pacífico", ouvi ontem e gostei. Muito até.
(Claro que o facto de te saber à minha espera contribuiu, e muito, para isso.)

11 May 2008

Eu levanto-me e aplaudo


Porque sem vaidades, porque sem sobrancerias, porque sem nunca tirar os pés do chão, esta miúda tem feito pelo desporto nacional algo absolutamente ímpar. E envergonha-me viver num País que mais não faz por ela do que umas palmadinhas nas costas, e uns apontamentos de rodapé. Vanessa Fernandes sagrou-se ontem Pentacampeã Europeia de Triatlo. Eu repito, PENTACAMPEÃ EUROPEIA! PENTA! São 5! São C-I-N-C-O vezes consecutivas a fazer o nosso hino soar na consagração da mais importante prova europeia da modalidade.
.
E hoje, quando olho para as Bancas dos Jornais, o que vejo? Nada... Nem um deles fez capa disso. Deve ser banal para estas bestas que escrevem para as bestas que afinal somos todos nós. O Jornal de Notícias fez meia capa com ela, a par duma reportagem qualquer sobre telemóveis. Foi o melhor que se arranjou.. E os desportivos? Ahahah... Mas quais desportivos, se vivemos num País em que a cultura desportiva é nula? A Bola faz capa da despedida do Rui Costa, e o Record - num acto perfeito de insanidade mental do Director - põe o Miguel Veloso em destaque porque faz 22 anos! Sem comentários...

06 May 2008

A outra face da moeda

Há uma cena de Seinfeld, em que Jerry e Elaine vão apanhar um avião de volta para casa. No check-in dizem-lhes que só há 2 lugares, mas 1 na classe Executiva e outro na Económica. A isto Jerry diz imediatamente que o da Executiva é para ele, e justifica: "É que eu viajo sempre em Executiva, e tu não. Tu não sabes o que perdes se não fores assim, mas eu sei."

Na viagem que é a vida, creio que também há alturas em que podemos escolher como queremos passar determinado período de tempo: a aproveitar o que de melhor a vida tem para nos dar, ou passando tranquilamente ao lado disto. Eu, se soubesse o que sei hoje, tinha abdicado de muitos dos melhores momentos que já vivi. Só para não ter de conviver com esta mágoa constante de vazio deixado pelo alimento que falha.

Estado Civil: de papel ou de alma?

"Eu? Medo por estar sozinho? Não, claro que não!"
(A resposta é verdadeira. Mas tremo diariamente por estar longe de ti...)

17 April 2008

:(

18 de Dezembro de 98: eu e o S., 4 braços entre os 18.000 pares que encheram o Atlântico...
16 de Abril de 08: eu, sozinho, no carro mais escurecido pela minha nuvem negra do que pelo escuro da noite. E foi esta música que me trouxe a casa. E foi esta música que me levou... a ti.

15 April 2008

Porquê?

Há noites que acontecem assim... com quase 1 década de atraso.

20 March 2008

Actualização

Só para que conste... já voltei. Pelo menos a parte carnal de mim...

11 March 2008

Férias


A força da distância é aterradora. Mais - muito mais - do que a terra, os cheiros, os sabores, é a distância entre mim e todos vocês de quem gosto que assusta. Porque não haverá aquele amigo a 5 minutos de mim; porque não haverá aquela amiga do outro lado da linha; porque não haverá quem me distraia desta solidão que, ainda que voluntária, confesso, me assusta. Porque sozinho vou, que nem louco, falar com todos vós.
Caros amigos, estão portanto todos convidados: venham comigo à Capital do Mundo!
Todos, todos. Subam comigo ao Empire States e à Miss Liberty. Percamo-nos no Central Park e maravilhemo-nos com o Guggenheim. Sustentem-me o cansaço dos quilómetros da Broadway e da 5ª Avenida. Vamos todos ao Madison Square Garden torcer pelos Knicks como se por eles tivéssemos chorado toda a vida..
Eu vou. E vocês, queiram ou não, saibam ou não, também lá vão estar.

03 March 2008

Eternamente mágico...

... voltar a mergulhar nos teus olhos;
... voltar a cheirar-te;
... voltar a encostar-te em mim;
... voltar a percorrer as tuas fronteiras;
... voltar a receber a tua mão;
... voltar a provar a tua pele;
... voltar a perder-me na tua boca;
... voltar a abraçar-te;
... voltar... a... unir-me a ti... :(

22 February 2008

Tristeza por...

... viver num País que o máximo que conseguiu fazer desta jovem em 3 ou 4 anos foi transformá-la numa palhaça infantil com laivos de Playmate. Para quando um disco a sério?

14 February 2008

Yes We Can

O que tenho eu e a Scarlett Johansson em comum? Não, (ainda) não é o tecto da casa. É que ambos apoiamos o Obama. Porque tem carisma, e porque quero acreditar que, se após décadas de presidências americanas com origens em famílias históricas, chegar finalmente ao poder alguém de bases humildes, tenhamos uma mudança digna desse nome. Dentro dos limites que a Política impõe claro..

13 February 2008

Dilúvio


Apesar do Sol da manhã, o meu dia hoje amanheceu bem mais negro. Mas são estes baixos que nos fazem dar valor aos momentos altos e felizes da vida não é?

10 February 2008

A outra face

Desde que se começou a levantar essa hipótese, fui sempre a favor de Alcochete para a localização do novo Aeroporto Internacional de Lisboa. Porque todos os motivos me levavam a considerá-la melhor: substancialmente mais barato; melhores condições aeronáuticas (dizem os entendidos); menos riscos para derrapagens em tempo e dinheiro face ao problema da qualidade de terrenos da Ota; optimização das linhas do TGV... Enfim, tudo o que me parece mais importante.
No entanto, há algo que me preocupa neste novo polo turístico. Tenho medo, muito muito medo, que se descaracterize a maravilhosa Costa Vicentina. Mas cá estaremos todos para ver todo o Alentejo sobreviverá (assim esperemos) a esta ameaça de tão fortes interesses.

Porque o tempo não volta atrás...

... só nos resta mesmo recordar... Assim foi o jantar de há 1 ano atrás.


02 February 2008

Enganado

Será que é por estarmos nesta altura de Carnaval que me senti um verdadeiro palhaço quando hoje voltava da Luz de cachecol ao pescoço?

31 January 2008

Companhia

Quem disse que homem solteiro tem de andar sozinho no carro?

27 January 2008

Resumindo-nos

Lagoas, palmiers, nespresso, pequeno-almoço, almoço, OP, jantar, SMS, docas, Celtas & Iberos, madrugada, ganga, vestido preto, umbral, beijo, Largo da Luz, Tejo, carro, carros, tabaco, paixão, Benfica, Caparica, pescadores, pecado, provocação, Di Casa, Alentejo, desejo, Ameijoas, Casal Garcia, Setúbal, Cascais, Irish Pub, gomas, webcam, A5, Sintra, Orixás, vontade, sedução, sedução, sedução...
Porque todo o dia de hoje foi a recordar-te.

22 January 2008

Comunicação

Faz-se daqui um apelo à jovem fogosa que durante esta noite me arranhou a cara para que não seja tímida e apareça hoje mais cedo para convivermos um pouco. Tomarmos um cházinho quem sabe.. talvez enquanto discutimos a problemática do Aeroporta-da-Ota-que-agora-já-não-é-Ota-mas-sempre-foi-e-é-de-Alcochete-mas-que-não-devia-ser-de-Alcochete-porque-fica-a-quilómetros-de-Alcochete.
A sério, podes aparecer que eu não te bato. Quer dizer, muito...

Lei anti-tabaco

Chegar a casa num sábado à noite e conseguir dormir com a despida roupa dentro do quarto, é feito único em não sei quantos anos de boémia pela noite lisboeta. O meu muito muito obrigado aos autores desta brilhante ideia.

15 January 2008

Parabéns Gringa!

(O início de um novo ano raramente nos traz uma verdadeira mudança na vida. A nós, criaturas habitantes no hemisfério Norte, e que queremos mesmo é descansar e recarregar energias em Julho e Agosto, o calendário cronológico na prática está perfeitamente desfasado do nosso ciclo de vida. A Rentrée é em Setembro, e essa no fundo é que importa. No entanto, tal não invalida que, nessas noites bem regadas de Passagem de Ano, eu aproveite para mergulhar no gargalo da nostalgia, da memória e do arrependimento dos 365 dias e noites que ficaram para trás.)

Na noite fria do último Réveillon, depois dos mais apressados e fogosos primários cumprimentos de 2008, fui para o terraço deserto para te encontrar. Sobre a rede só o céu estrelado e o meu corpo para ali atirado. O telefone sobe e é a tua voz que ouço do outro lado. Porque é somente a tua voz que procuro. Tenho hoje consciência de que mal falei. Tenho hoje consciência de que mesmo aquilo que balbuciei foi sentido, sincero, mas corrosivamente não filtrado. Lembro-te calma, a dizeres-me o que eu devia ouvir. É incrível como tens sempre o que dizer, e sabes sempre a forma mais elegante de o fazer..

Os segundos passam e o meu olhar fica enevoado. O terraço murado onde entrei era agora um campo vasto e sem fronteiras. Estou eu a levitar sobre esse campo, e estás tu com paciência infinita a acompanhar-me. Quando desligamos, deixo o telefone cair sobre o meu peito e a mão cai-me pesada sobre a cara para estancar a hemorragia mais profunda, desse sangue cristalino que o coração bombeia directo para os olhos.

Ninguém sabe… ninguém sabe Gringa, que se a intensidade morou nas horas que passámos juntos, foi porque soubeste abrir o véu; ninguém sabe Gringa, que a ti me entreguei da forma mais pura, frontal e convicta que pode existir; ninguém sabe que tantas vezes acabei por te ferir para te proteger; ninguém, niguém sabe Gringa, que quando te senti partir, o meu coração chorou; ninguém sabe, Gringa, que há sítios nesta cidade onde te sinto; ninguém sabe, Gringa, que há noites em que o escuro do fechar de olhos é substituído pelo brilho da tua imagem; ninguém sabe Gringa, o quanto gosto de ti, e o que isso significa; ninguém sabe o que foste, ainda menos o que és em mim...


Ninguém sabe Gringa, ninguém ninguém!


Não o sabia eu também há 1 ano atrás.


E tu, saberás? Creio que não. E ainda bem.

(Estranha forma de desejar-te Felicidade. Mas a mais sincera, e aquela que há muito merecias. Parabéns!)

13 January 2008

Encosta-te a mim

O Top+ considerou-a a melhor música portuguesa de 2007. É difícil não concordar. Por 1000 motivos (e por todas as recordações que me povoam a cabeça neste momento) aqui fica a letra, e a música durante os próximos dias.

"Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.

Chegado da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.

Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.

Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim."

Jorge Palma

02 January 2008

Porque sim

Não há tempo para escrever, e há muito muito medo do que pudesse escrever! Mas que se lixe, apatece-me mesmo é ver pela primeira vez o ano de 2008 aqui inscrito.