19 December 2008
15 December 2008
Progressos
07 December 2008
Hobbies
Pensamentos de Domingo
Pensamentos de Domingo
05 December 2008
30 November 2008
USA for Africa - We are the World
Duas coisas:
1. O Homem, quando se despe de vaidades, preconceitos e sentimentos sujos e feios, e fica só com o que de mais bonito tem, consegue fazer coisas fantásticas. Belas e emocionantes. Como esta.
2. A década de 60 é lendária em matéria de música, e é uma discussão infrutífera tentar contrariar isso. Mas digam o que disserem, os anos 80 foram (também) irrepetíveis. No tempo em que o Michael Jackson ainda fazia coisas assim.
Enviaram-me este video hoje e fiquei vidrado. Arrepiado.
28 November 2008
25 November 2008
Mudanças
Ia então eu a pensar nisto e em todas as paredes para onde já olhei à procura daquelas respostas mais díficeis de achar, quando me invadiu a seguinte questão: até que ponto estas frequentes jornadas de caixotes às costas não me causam uma instabilidade inconsciente? É que eu sempre apoiei a teoria de que somos muito daquilo que nos rodeia. E começo a ter medo que os meus estimados neurónios fiquem como que baralhados com tudo isto.
21 November 2008
15 November 2008
14 November 2008
"Podes fugir mas não te podes esconder"
- Em Portugal conduz-se à direita?
- Sim.
- E o volante é deste lado, não é?
- Sim.
- Pois, dá para perceber.
- Perceber o quê?
- É que em estrada tu seguras o volante com a mão esquerda.
12 November 2008
09 November 2008
Nova experiência...
07 November 2008
06 November 2008
Yes We Did
Agora que Obama teve a eleição histórica que teve, fica a ansiedade e a curiosidade dum Mundo inteiro para o que o homem vai fazer.
Curiosamente nunca me tinha lembrado tanto do assassinato do Kennedy como agora. E depois de ver as imagens do discurso de vitória com a parede anti-bala à frente já percebi que afinal não estava a ser assim tão absurdo ao pensar nisto.
03 November 2008
Pequenos como sempre
Que há insegurança no Bairro Alto, todos nós que o frequentamos sabemos. A zona boéma do Bairro terá uma dúzia de cruzamentos – se tantos – e relativamente pouco distanciados uns dos outros. Quando a solução mais óbvia, e claramente mais inteligente para este problema, seria reforçar policialmente a zona – ainda que com o apoio financeiro dos comerciantes locais – decidem estes génios da Gestão Autárquica amputar algo que é único no Mundo, gozado e elogiado por qualquer turista, uma das atracções mais marcantes de Lisboa – até porque em termos nocturnos é a única que de original temos para oferecer. A ajudar a isto estarão certamente, e convenientemente camufladas pela insegurança, as queixas de alguns dos moradores que vivem nos edifícios degradados da zona, e a quem a CML se poderia bem preocupar em alocar, por exemplo, num dos famosos apartamentos que anda a distribuir pelos seus quadros, em vez de prejudicar toda uma cidade em prol do conforto muito questionável de umas dezenas de habitantes.
Esta ideia infeliz fez-me lembrar quando, há uns anos atrás, a mesma CML – ainda que com outros actores - proibiu que o Arraial do Instituto Superior Técnico – provavelmente a Festa Académica com maior peso e tradição da capital – se realizasse na Alameda no interior do IST como sempre, e arrumou-a num qualquer canto da cidade que nem nunca me dei ao trabalho de procurar. Era como tirar o desfile das marchas populares da Avenida da Liberdade para o Estádio Universitário, ou a Feira do Livro para o Parque das Nações. É absurdo. Os acontecimentos periódicos ficam associados sempre ao espaço onde se realizam, e que quase invariavelmente lhes conferem um misticismo único. Na altura, a justificação para a migração do Arraial foram as constantes reclamações dos habitantes da zona porque, pobres coitados, durante três fins de semana por ano tinham por companhia música em alto volume até às primeiras horas da madrugada. Que direi eu e todos os estudantes – passados, presentes e futuros - do País, que em plena época de exames sempre tivémos de suportar os acordes estridentes e desafinados das várias festas paroquiais? Tem graça que contra isto nunca ouvi ninguém protestar, nem tão pouco qualquer movimento estudantil insurgir-se. Curioso este Estado laico em que vivemos.
Voltando ao Bairro Alto, temos de ter a noção que todo o quotidiano do país se traduz em retadar os horários nocturnos. Em Lisboa o expediente acaba tarde, portanto os jantares começam e acabam tarde, e consequentemente o lazer que lhes segue também. Com o tempo que se perde na deslocação e estacionamento (já que os transportes públicos nocturnos continuam a ser uma miragem), deixa de valer a pena o esforço de ir até lá. Com este horário o Bairro Alto morre. E lá vamos nós, impávidos e derrotados como é costume, continuar a elogiar a movida madrilena, o Red District de Amesterdão, ou a alegria dos pubs britânicos. A Lisboa resta pouco mais que o ambiente insonso dos bares do Parque das Nações, a decadência acentuada de Santos e as subdimensionadas Docas. Irónico tudo isto numa altura em que se fala de motivação ao investimento como nunca.
PS - Parece que o Arraial já foi devolvido ao Técnico. Há esperança...)
31 October 2008
Confesso: estou apaixonado...
Esqueçam todos os butter cookies que já provaram. A sério, esqueçam. Não sei onde encontrar isto em Lisboa, mas aconselho vivamente a que procurem desde já! (Ah! Já agora depois digam-me..)
30 October 2008
Apetecia-me treinar amanhã
25 October 2008
Welcome
1 - esperaram que eu não estivesse lá para aparecerem.
2 - Alegro?? Oh meus amigos, tanto local fascinante em Lisboa para receber uma cadeia desta envergadura, e vocês vão-me para um Centro Comercial, e ainda por cima para o Alegro?? Mas não havia ninguém por perto para dar uma paulada nos queixos do idiota responsável por esta atrocidade? Ou sou eu que erradamente ainda me quero convencer que essa cidade única não é habitada por uma população tão comodista que já só pára e consome sob o ar condicionado (e tantas vezes condicionante) das grandes superfícies?
Desiludo-me às vezes.
08 October 2008
Mais um a não perder
Relíquia
05 October 2008
Coisas que não se explicam
29 September 2008
Recuerdos
28 September 2008
Talento
Beatriz Batarda, que muitos decerto só conhecem de nome sem imagem, merece a Cornucópia cheia durante meses. Infelizmente, porque estamos a falar dum monólogo, ela é que não se há-de aguentar em cena durante tanto tempo assim, até porque o Cinema - sua arte de formação - a chamará. Portanto as hipóteses de eu ir em Dezembro a tempo de vê-la é nula. Vocês, por favor, vinguem-me.
Vício saudável
25 September 2008
Momento "Diga lá Excelência"
20 September 2008
14 September 2008
The Story (e há tantas)
PS1 - a função "embed" não é permitida para este vídeo no Youtube, portanto têm mesmo de ir ao link para o ver. Mas acreditem que vale a pena.
PS2 - obrigado à jovem simpática que me alertou para essa gralha técnica. :)
12 September 2008
Planificação
Sábado - Regresso de férias (talvez Cuba, talvez Londres / Paris, talvez Itália.. hipóteses não faltavam.)
Domingo - Concerto da Madonna (Lisboa, Parque da Bela Vista)
Realidade:
Sábado - meio dia a trabalhar, um jogo de futebol ao final da tarde (se alguém pagar a luz do campo desta vez!) e eventual saída nocturna.
Domingo - anhanço total. E eventual reunião com um Fiscal.
Local de ambos: Tete.
Ainda bem que a empresa me deu uma Agenda..
Descoberta
Ana Free. É provável que toda a gente em Portugal saiba quem ela é. Eu só a descobri hoje graças a um Podcast de um programa de rádio.
Jovem portuguesa. Três anos a estudar Economia em Inglaterra. Terminou o curso com um First Degree, e como se isso não bastasse... ainda canta assim.
Rodeie-se bem e tem tudo para vir a ser uma popstar internacional. Se eu estivesse em Lisboa, o concerto dela desta noite na Music Box não me tinha escapado de certeza.
08 September 2008
Evasão
Aplauso
06 September 2008
6 de Setembro
04 September 2008
"Não vou por aí"
Tenho um sobrinho muito à frente. Anda por estes dias a adaptar-se à creche. Pelas notícias que me chegam de Lisboa, o jovem não está muito convencido. A mim cheira-me que ele já percebeu perfeitamente que estão a querer iniciá-lo na vida dos horários e responsabilidades. E aí, pudera, o rapaz bate-se com todas as forças. Os Xutos chamam-lhe "vida atinada, dos horários e das bichas, e das gripes do Inverno, e do suor do Verão".
Ao puto pelos vistos apetece mesmo é dizer "Olá oh Vida Malvadaaaaaaa". :)
28 August 2008
Pedido
Lembra de mim!
Dos beijos que escrevi
Nos muros a giz
Os mais bonitos
Continuam por lá
Documentando
Que alguém foi feliz...
Lembra de mim!
Nós dois nas ruas
Provocando os casais
Amando mais
Do que o amor é capaz
Perto daqui
Há tempos atrás...
Lembra de mim!
A gente sempre
Se casava ao luar
Depois jogava
Os nossos corpos no mar
Tão naufragados
E exaustos de amar...
Lembra de mim!
Se existe um pouco
De prazer em sofrer
Querer te ver
Talvez eu fosse capaz
Perto daqui
Ou tarde demais...
Lembra de mim!...
Lembra de mim!
A gente sempre
Se casava ao luar
Depois jogava
Os nossos corpos no mar
Tão naufragados
E exaustos de amar...
Lembra de mim!
Se existe um pouco
De prazer em sofrer
Querer te ver
Talvez eu fosse capaz
Perto daqui
Ou tarde demais...
Lembra de mim!...
24 August 2008
Perspectivas
21 August 2008
Carta aberta à minha Mãe
Não creio que hajam palavras – em número ou qualidade – de nível suficiente para expressar o que és e representas, em todos nós que te amamos e temos a honra de assistir, de plateia, à pureza, sinceridade, transparência e alegria com que vais passo a passo colorindo as páginas dos teus e dos nossos dias. Mesmo esse dicionário tão rico que é o nosso, não bastará nunca para traduzir a linguagem do coração de quem gosta e ama. O Pai talvez conseguisse, nas poesias dele. Mas eu não. Nem me atrevo sequer a tentar...
Tenho a sorte de me orgulhar de todas as mulheres que, de uma maneira ou de outra, marcaram a minha vida. Todas elas. Mas a começar em ti, e a acabar sempre sempre em ti.
És exemplar Mãe. Na forma como ris, como falas, como choras, como vives. És inacreditável sobretudo na forma como sofres. A prova cabal que sempre tive da força das mulheres. Percorres o teu caminho, teimando sempre olhar para o lado do arco-íris. Esse mesmo caminho em que já tantas pedras te tentaram derrubar, mas que conseguiste sempre, em silêncio, suportar e ultrapassar.
És alma e vida na nossa casa. Corrijo: és a alma e a vida da nossa casa. Já o eras quando éramos quatro. Continuas a sê-lo agora que somos 6. E por mais que a casa encha, há nela - porque em ti - sempre espaço para mais um. Ou dois, ou vinte, não importa. A nossa fortuna – daquelas verdadeiras, que não se escrevem nem contam – basta e sobra para todos.
Acho que hoje é o primeiro dia, desde que comecei este périplo africano, que sinto dor de saudade. Mas tudo faz parte deste sacrifício que decerto me trará muitas coisas boas, e logo também para ti eu sei. É boa a distância e a escassez para valorizarmos o que temos, e sobretudo quem temos, ao nosso lado.
Mãe há só uma e não a escolhemos, não é? Pois confesso-te, assim em segredo para corares mas não criarmos invejas, que para mim isso ser-me-ia absolutamente indiferente. Critiquem-me os intelectuais pelo cliché, mas tu és mesmo a melhor mãe do Mundo.
Um beijo tão grande quanto longínquo, um abraço tão apertado quanto o meu peito no dia de hoje.
Parabéns Mãe.
10 August 2008
"A" viagem
Segunda-feira, 28 de Julho de 2008. São 19h00 e o travão de mão é puxado pela derradeira vez. Cidade de Tete, zona interior-centro de Moçambique. Hoje percebi porque razão nesta África subsaariana a proporção jipes-carros ligeiros é inversamente proporcional à nossa.
Para trás ficaram cerca de 24 horas líquidas de estrada. Dois pneus furados. 1 tubo de escape sumbetido a uma cirurgia para se aguentar. Uma carrinha sobreaquecida. Dois troços de cerca de 100kms cada, de estrada que só pelo contexto pode ser assim chamada. A coluna ordenada que rasgava imparável metade do país transofrmava-se nessas alturas em algo serpenteante, numa reles tentativa de cada um fintar o maior número possível das verdadeiras crateras que ali encontramos.
Para além disto fica a mudança da Flora, que a Sul era verde e refrescante, e à medida que do Norte nos aproximámos se foi acastanhando aos poucos. Fica a linha do Trópico de Capricórnio que motivou uma das poucas paragens. Ficam as dezenas de aldeias por que passámos em que todas as casas são de palhota com cobertura em colmo. Pessoas que vivem hoje como os nossos antepassados terão vivido há 300 anos atrás. Ficam na retina também as milhares de pessoas que cruzámos sempre a caminhar para destino não visível, de origem igualmente incógnita. Gente que dá a sensação que caminha porque o tempo tem de ser passado. Caminham como se quisessem convencer a si próprias de que no fim da estrada algo as espera.
E ficaram as crianças. Aquelas que nos acenavam de sorriso no rosto. Aquelas que atiravam terra para a estrada a provar que eram elas quem tapava alguns dos milhares de buracos da estrada, reclamando a justa moeda.
De entre todas as moedas e comida que deixei cair da minha mão para estas crianças de berma de estrada, ficou-me um olhar na memória. O miúdo que a 50kms de de Tete se aproximou de mim quando sentiu o carro abrandar, e pegou de olhos esbugalhados o pacote de bolachas que lhe estendi. Estou a falar de uma criança que não teria mais de 5 anos. Centenas assim. Centenas de crianças que me pergunto se não serão em grande maioria alimentados por forasteiros da Estrada Nacional como nós.
Resposta para aqueles que me perguntam porque raio não dou eu 1 só cêntimo para qualquer instiuição de caridade: porque aquele miúdo é o único que eu tenho a certeza absoluta de que ganhou com a minha doação. Lamento se estou errado, mas enquanto anos não passarem sem ouvir qualquer rumor de fraudes relacionadas com essas doações, continuarei sempre a pensar que, de outra maneira, aquelas bolachas iam ser comidas por uma criança obesa, enquando se esforçava para passar de nível no último grito da PlayStation.
23 July 2008
Parabéns cunhadinha! :)
Hoje, talvez porque com o peito apertado pela dor relembrada da distância, apetecia-me escrever muito mais. Não o faço para condizer com os óculos escuros que usaste quando te despediste de mim.
Daqui, do outro lado do Mundo, o beijo de Parabéns de sempre mana*
05 July 2008
Goodbye My Lover
Foi ali, em pleno intimismo do novo Campo Pequeno, que enquanto te segurava a mão e te sentia acompanhar em surdina - como que a medo - os versos do James Blunt, tomei consciência da realidade. Dentro de pouco mais de uma semana estarei a viver do outro lado do Mundo. Sem os de sempre, sem ela, sem ele, e sem ti. Sem ti que me apareces sempre tão vestida de beleza e magia ímpar.
Foi ali, no calor do teu beijo, que os meus olhos humedeceram. Foi ali, naquele instante, no teu idioma, que começou a minha despedida. Obrigado A.
"I've kissed your lips and held your head.
Shared your dreams and shared your bed.
I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you.
Goodbye my lover
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me."
27 June 2008
Corte
Hoje deito-me convencido de várias coisas:
1 - de que tomei hoje a atitude mais certa que podia tomar;
2 - de que magoei alguém;
3 - de que me magoei a mim 1000 vezes mais;
4 - de que nunca niguém vai compreender nem sequer saber isso;
5 - de que estou agora muito mais vazio e pobre do que há 30min atrás;
6 - de que me vou arrepender disto várias vezes ao longo dos anos;
7 - de que acabo de te fazer um enorme favor.
Estou triste. Mas foi por ti. Adeus.
13 June 2008
Beijo
Daqui. Teu.
21 May 2008
Descoberta
11 May 2008
Eu levanto-me e aplaudo
06 May 2008
A outra face da moeda
Na viagem que é a vida, creio que também há alturas em que podemos escolher como queremos passar determinado período de tempo: a aproveitar o que de melhor a vida tem para nos dar, ou passando tranquilamente ao lado disto. Eu, se soubesse o que sei hoje, tinha abdicado de muitos dos melhores momentos que já vivi. Só para não ter de conviver com esta mágoa constante de vazio deixado pelo alimento que falha.
Estado Civil: de papel ou de alma?
(A resposta é verdadeira. Mas tremo diariamente por estar longe de ti...)
17 April 2008
:(
18 de Dezembro de 98: eu e o S., 4 braços entre os 18.000 pares que encheram o Atlântico...
16 de Abril de 08: eu, sozinho, no carro mais escurecido pela minha nuvem negra do que pelo escuro da noite. E foi esta música que me trouxe a casa. E foi esta música que me levou... a ti.
15 April 2008
20 March 2008
11 March 2008
Férias
03 March 2008
Eternamente mágico...
... voltar a cheirar-te;
... voltar a encostar-te em mim;
... voltar a percorrer as tuas fronteiras;
... voltar a receber a tua mão;
... voltar a provar a tua pele;
... voltar a perder-me na tua boca;
... voltar a abraçar-te;
... voltar... a... unir-me a ti... :(
22 February 2008
Tristeza por...
... viver num País que o máximo que conseguiu fazer desta jovem em 3 ou 4 anos foi transformá-la numa palhaça infantil com laivos de Playmate. Para quando um disco a sério?
14 February 2008
Yes We Can
O que tenho eu e a Scarlett Johansson em comum? Não, (ainda) não é o tecto da casa. É que ambos apoiamos o Obama. Porque tem carisma, e porque quero acreditar que, se após décadas de presidências americanas com origens em famílias históricas, chegar finalmente ao poder alguém de bases humildes, tenhamos uma mudança digna desse nome. Dentro dos limites que a Política impõe claro..
13 February 2008
Dilúvio
10 February 2008
A outra face
No entanto, há algo que me preocupa neste novo polo turístico. Tenho medo, muito muito medo, que se descaracterize a maravilhosa Costa Vicentina. Mas cá estaremos todos para ver todo o Alentejo sobreviverá (assim esperemos) a esta ameaça de tão fortes interesses.
07 February 2008
02 February 2008
Enganado
31 January 2008
27 January 2008
Resumindo-nos
22 January 2008
Comunicação
A sério, podes aparecer que eu não te bato. Quer dizer, muito...
Lei anti-tabaco
15 January 2008
Parabéns Gringa!
Na noite fria do último Réveillon, depois dos mais apressados e fogosos primários cumprimentos de 2008, fui para o terraço deserto para te encontrar. Sobre a rede só o céu estrelado e o meu corpo para ali atirado. O telefone sobe e é a tua voz que ouço do outro lado. Porque é somente a tua voz que procuro. Tenho hoje consciência de que mal falei. Tenho hoje consciência de que mesmo aquilo que balbuciei foi sentido, sincero, mas corrosivamente não filtrado. Lembro-te calma, a dizeres-me o que eu devia ouvir. É incrível como tens sempre o que dizer, e sabes sempre a forma mais elegante de o fazer..
Os segundos passam e o meu olhar fica enevoado. O terraço murado onde entrei era agora um campo vasto e sem fronteiras. Estou eu a levitar sobre esse campo, e estás tu com paciência infinita a acompanhar-me. Quando desligamos, deixo o telefone cair sobre o meu peito e a mão cai-me pesada sobre a cara para estancar a hemorragia mais profunda, desse sangue cristalino que o coração bombeia directo para os olhos.
Ninguém sabe… ninguém sabe Gringa, que se a intensidade morou nas horas que passámos juntos, foi porque soubeste abrir o véu; ninguém sabe Gringa, que a ti me entreguei da forma mais pura, frontal e convicta que pode existir; ninguém sabe que tantas vezes acabei por te ferir para te proteger; ninguém, niguém sabe Gringa, que quando te senti partir, o meu coração chorou; ninguém sabe, Gringa, que há sítios nesta cidade onde te sinto; ninguém sabe, Gringa, que há noites em que o escuro do fechar de olhos é substituído pelo brilho da tua imagem; ninguém sabe Gringa, o quanto gosto de ti, e o que isso significa; ninguém sabe o que foste, ainda menos o que és em mim...
Ninguém sabe Gringa, ninguém ninguém!
Não o sabia eu também há 1 ano atrás.
E tu, saberás? Creio que não. E ainda bem.
(Estranha forma de desejar-te Felicidade. Mas a mais sincera, e aquela que há muito merecias. Parabéns!)
13 January 2008
Encosta-te a mim
"Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.
Chegado da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim."
Jorge Palma