22 July 2007

Na Santíssima Trindade da minha vida...

(... Parabéns ao Espírito Santo! lol)

Tenho um irmão. Sempre tive. Mais velho, sem que os cinco anos que nos separam se tenham algum dia concretizado em alguma barreira para além das óbvias. Acho que também nunca fui carraça dele. Para irmão mais novo sempre tentei ser muito independente, vivendo no meu espaço - não no dele -, e no meu tempo - nunca no dele. Tenho um irmão que é personagem principal da minha vida. Parentescos aparte, é-o porque eu quero e porque ele quer. Amigos, próximos, companheiros. Desde sempre a partilhar brincadeiras neste quarto que foi o nosso ringue, campo de futebol, mero palco de palhaçadas.

Apesar de toda esta cumplicidade, lembro-me de, adolescente, ver uma novela em que um dos jovens protagonistas tinha uma irmã mais velha como confidente, e de pensar o quanto gostava de também ter uma. Porque falar com uma mulher é diferente. É como jogar com alguém fora do nosso campeonato, assim incomparável a nós, e que para além do mais faz parte da outra metade de quem o nosso desconhecimento é tão grande como o desejo de conhecer.

Hoje eu tenho uma irmã. Eu já tenho uma irmã! Tudo porque o irmão que é amigo, especial e companheiro me proporcionou esta maravilhosa oprtunidade de ter uma compincha (o quanto eu adoro este termo) irmã mais velha. A F. entrou a matar (ou pelo menos a marcar) na minha vida. Assim de rompante, a acelerar como é seu apanágio, a conquistar-me eternamente com o seu sorridente olhar cor-de-avelã. A F. faz-me questionar o meu cepticismo de cada vez que a vejo, de cada vez que tenho saudades dela, que me rio por vê-la rir. Não era suposto eu convencer-me de que alguém, em meia dúzia de anos, conseguisse comigo uma simbiose tão ímpar e inexistente com a esmagadora maioria dos restantes. Até dos mais próximos.

À F. estarei em dívida sempre. Por ela, e por tudo o resto. Sendo que esse tudo é tão somente o mais valioso de todos os tesouros: que me comove, me derrete, me vira, me faz babar, me faz ficar, me faz partir, me faz parar e lembrar e engolir em seco; aquele que me quebra em tudo e de todo o modo.

A F., minha irmã de 3/4 de vida, mãe do meu deslumbrante e conquistador sobrinho, faz anos hoje. Daqui, e só para ti, vai o mais terno dos abraços.

Parabéns cunhadinha!

3 comments:

Anonymous said...

Parabéns à Filipa!!
Ques rasca dar-te os parabéns pelo blog do teu cunhado... mas só tos dou pessoalmente qnd houver lasanha! :P
Beijinho grande e Mts Mts Felicidades!
APL

Anonymous said...

COMPINCHA (adoro o termo...) é aquele que...
sabe verdadeiramente a cor dos nossos olhos!!...
Adoro-te!!!...especialmente porque nesta manhã...em que estou, como calculas, cheia de pica para trabalhar...chego a este local maravilhoso e me sinto...como num daqueles domingos à tarde...chuvosos, deprimentes (...mas não tao deprimentes que inclua pantufas e pijama!)..em que assisto ao fim de uma daquelas comedias romanticas da treta...e fico encolhida no sofa a disfarçar aqueles cenas irritantes q não param de cair... e o problema coloca-se ...onde está o meu sofa para me encolher e receber o teu abraço???
não é justo fazeres-me cair do alto do meu 1.60...
Retorno (outro termo delicioso) o teu abraço e sussurro-te... "obrigada pelas tuas palavras...que bom que é fazeres parte da minha vida! "
fd

Sandro said...

Hoje vim aqui, no meio de umas férias merecidas, mas, até aqui, cansativas, para me perder de mim e encontrar-te a ti! Tão perdido de mim ando, que me atrasei no beijo à tua cunhada linda, a "mulher do sorriso de menina"... Mas dei-lhe o meu beijo, enquanto as badaladas teimavam em afirmar que já não era mais o dia dela e eu teimava que sim, que era, que nunca poderia deixar de ser.
Vim perder-me de mim em ti primo, em quem tantas vezes penso e tão poucas te digo isso.
Hoje, porque o dia assim o quis, vi o meu dia de sol ficar um pouco mais cinzento, para agora ver a minha noite escura ganhar um pouco mais de luz... porque em ti, me encontro!
Abraço grande