As paixões não se explicam. Não se descrevem, não se fotografam, não se traduzem em quaisquer símbolos matemáticos.
A paixão clubística, mais - muito mais! - intensa que a meramente desportiva, é absolutamente irracional. Confesso que o Estádio da Luz é o único palco em que me viro ao contrário. Soltar energias, libertar tensões, gritar, ser selvagem! O quanto eu gostava de perder mais vezes alguma parte desta consciência crítica sempre presente e equilibradora..
Voltando às emoções da Luz, o mesmo é dizer que aqueles golos nos últimos minutos, a corrida para o título com o Trapattoni, a Taça de Portugal ganha ao Porto de Mourinho no Jamor, o percurso na Liga dos Campeões com o Koeman, alimentam de facto a nossa alma de adeptos fervorosos, egoístas, cegos durante os 90 minutos de cada partida.
E muito embora concordando com a venda, é impossível não sentir tristeza na hora de despedida do grande capitão desses momentos que foi o Simão Sabrosa.
(Quase) independentemente da camisola que envergar quando (e se!) voltar à Luz, eu vou sempre aplaudir de pé alguém com quem sinto ter uma dívida de gratidão. Quem vive o Benfica concordará comigo. Todos os outros achar-me-ão completamente tolo. Possivelmente quer uns quer outros estarão certos.
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1 comment:
"Oh Captain, my Captain" ... O Clube dos Poetas Mortos?..
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