01 July 2007

Mulheres

São como as ondas do mar. Vêm e vão. Nunca iguais, nunca repetidas, nunca repetíveis. Cada uma com o seu som. Cada uma a explodir à sua maneira. Cada uma a salgar a areia de modo desigual. Todas deixam, neste areal que sou eu, o seu perfume e o seu rasto. A seguinte não apaga a anterior, mascara-a.

Mas quando vaza a maré há uma marca que perdura infinitamente mais que todas as outras. A da que foi a última onda da maré cheia. E fico eu fustigado por esse arrastar de cloretos que me enfraquece a termo incerto.

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