Estou a ler o novo do MST. Acabo de ler uma passagem em que uma das personagens - Pedro é deixado pela namorada. Angelina, o nome da jovem, quer ser pintora nesse Portugal do Estado Novo e então resolve ir para Paris. Depois disto decorre o seguinte diálogo entre ele e o irmão (mais velho):
"- Sabes, estas coisas, às vezes, são mais complicadas do que estamos à espera. A Angelina não é uma pessoa vulgar, normal. Talvez este não fosse o vosso tempo. Ela quer mesmo ser pintora e isso não tem nada a ver com os sentimentos em relação a ti...
- E tu achas que isso me consola?
(...)
- Não sei que te dizer, Pedro. Realmente, não há consolo algum nisto, nem sequer em saberes que ela te ama e que não foi por não te amar que se foi.
- Diogo, agradeço o teu esforço. Dou graças a Deus por ter um irmão como tu, com a tua sensibilidade. Mas não precisas de dizer nada: eu sei que posso contar contigo e isso é tudo o que me basta, agora. O resto, tudo o que eu sinto... ninguém, nem mesmo tu, me pode ajudar.
(...)
- Pedro, tens 29 anos: a vida não acaba aqui. Falhou uma oportunidade, mas terás outras para ser feliz.
- Uma parte de mim morreu para sempre com a partida da Angelina. E uma parte importante, acredita."
Também uma parte de mim morreu com a tua partida. A mais importante, acredita!
4 comments:
pode ser que o final te traga alguma surpresa....
FD
- Uma parte de mim morreu para sempre com a partida da Angelina. E uma parte importante, acredita."
Também uma parte de mim morreu com a tua partida. A mais importante, acredita!
Nao consigo dizer nada... * Beijinho
"Vem... a minha estrela vai-se apagando...
Se ao menos tivesse esperado, não estava preso neste buraco!
Vem cá, minha estrela já sem brilho... sem ti perco o controle...
Vem e dá-me a mão... Quero ouvir na tua voz de tarde de primavera: "Temos todo o tempo do mundo!... Não há motivo para te preocupares..."
E mostro-te, que mesmo morto há superfície, por dentro grito...
Vem... e solta-me!"
Gosto-te primo
às vezes morre uma parte tão grande que deixamos de entender como conseguimos ainda andar por cá ... e é nessa fase que a dor se torna tão intensa que começa a ser fisica, com a diferença que nao é possivel dizer onde doi e muito menos acreditar que exista cura...
mas existe, acredite, pode é nao aparecer quando é mais necessária, até porque, normalmente, surge quando já nao nos lembramos da doença!
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